A historia (contínua), de uma vida .. Sem filtros.
Quase como que um diário, onde surgem partilhas sinceras e honestas de um dia a dia, de problemas, angustias, medos.
Porque somos como somos, por defeito!
A historia (contínua), de uma vida .. Sem filtros.
Quase como que um diário, onde surgem partilhas sinceras e honestas de um dia a dia, de problemas, angustias, medos.
Porque somos como somos, por defeito!
Ontem à conversa o meu Farelito de Trigo Bolorento, ele perguntava com alguma insistência onde está escondido o meu Blog/Diário!!!
Eu falo-lhe disto como que um diário, que no fundo, é isso mesmo... O meu desabafo diário.
E ele mostra alguma (muitaaaaa) curiosidade em ler o que escrevo…
Mas eu, não partilhei com ele, nem com NINGUÉM, este meu pequeno segredo, alias, onde se esconde este pequeno segredo!
A minha questão, não é ter alguma coisa a esconder, prende-se pelo facto, de saber que eventualmente se pessoas que me conhecem me lerem, e saberem que fui eu que escrevi, poder condicionar o que escrevo, e acabar por não dizer efetivamente tudo o que me vai na alma, como gosto, sem filtro!
Para quem não sabe, sou alentejana … Tipo, acho que ninguém sabia não é!?
Bom, vivo e sobrevivo algures pela Costa Vicentina.
Zona que não troco por nada deste mundo, adoro viver aqui.
Sou frequentadora assídua, da bela aldeia de Melides e arredores, e tenho uma grande estima por tal freguesia.
E nem vale a pena entrar em grandes explicações geográficas, sobre a localização, porque agora em toda a boa revista nacional e internacional, Melides vem escarrapachada na capa em grande plano, até na Vogue, vejam só despautério em que isto se tornou!!!
Já lá vai o tempo, em que eu falava em Melides, e tinha de referir “Ao pé de Grândola, ou não muito longe de Sines”, que também ninguém sabia onde era, mas pelo menos tinham a referência da música de Zeca Afonso, ou de Porto Covo perto de Sines.
Era uma confusão explicar onde era Melides, mas era tão bom ser assim, e eu nem sabia!
Precisamente por ser tão feliz por aqui, tenho de vir partilhar algo que, deveras me anda a atormentar…
Ora vamos la ver, nos últimos tempos, e cada vez mais, sinto que esta zona está invadida por gente de todo o lado, gente que veio para comprar tudo, custe o dinheiro que custar, querem casas em zonas discretas, e pagam verdadeiras fortunas para alcançarem os seus objetivos, porque aqui, vedetas como a Cindy Crawford, com quem já me cruzei num restaurante, conseguem fazer uma vidinha quotidiana, sem qualquer tipo de stress, conseguem fazer uma vida dita “normal”.
E como esta senhora, tantas outras, que prefiro nem mencionar, porque para terem o próprio paraíso, vieram estragar o que era o meu paraíso, porque já não há sossego, nesta santa terra, que ninguém sabia onde se situava no mapa!
Quanto a vocês eu não sei, mas eu sou uma pessoa nervosa!
E depois, com uma tendência natural para me meter em situações propicias a me causarem ainda mais nervos.
Sou uma pessoa sensível, eu sei não parece, mas sou ok? Sou mesmo, tá?
Posto isto, a situação é a seguinte, sou verdadeiramente apaixonada por fotografia, gosto imenso, e acho que até tenho um certo jeito para a coisa. Só que, a pessoa gosta de fotografar paisagens, natureza, praia, por-do-sol, animais, enfim, tudo, menos PESSOAS!
Sucede que, me pediram encarecidamente para fotografar um evento de uma escola primaria, um arraial onde foi inserida a festa de finalistas de um 4º ano, (onde já se viu, agora tudo serve para festejar). Mas vamos ao ponto, eu, este defeito em pessoa, não é capaz de verbalizar a palavra não, e já estão a ver a desgraça que se deu na minha vida não é! Aceitei…
Não sei quem é mais insano, se a pessoa que me convidou, que vê as minhas fotos a paisagens, e me achou capaz de fotografar pessoas movimento e crianças aos gritos, se eu que disse que sim, com imensos nãos aos gritos por dentro!
E, entretanto, até ao momento da festa, foi um suar do bigode constante, cheia de ‘ses’ a rodopiarem a minha cabeça.
“E se as fotografias ficarem más?!” …
“E se as fotografias ficam desfocadas, ou as pessoas de olhos fechados?!” …
“E se o cartão de memória lhe dá um badagaio e perco tudo?!” …
“E se…. E se… E se…”
Enfim, mas não estejam já por aí festejar a plenos pulmões, nem a dar mortais à retaguarda!
Fui, fotografei, e foi porreiro, ficaram algumas fotos boas, outras menos boas, enfim, na vida não existe perfeição (cof cof cof)
Isto chegam os dias maiores, chegam os raios de sol (ou não, porque esta chuva e este suposto verão, torna tudo muito duvidoso!), e a agenda de uma pessoa transborda de afazeres…
Não sei se é assim com toda a gente, mas comigo brotam compromissos e programinhas como de cogumelos brotam no chão, em dias de orvalho.
A dada altura do verão, começo até, a ponderar deixar de dormir para conseguir utilizar em pleno as 24 horas do dia, e fazer jus a todos os compromissos (exagero).
A verdade é que chegamos a meados de agosto, e no meio desta panóplia de coisas para fazer e a acontecer, já dava as boas-vindas ao outono, para regresso do sossego, dos dias frescos, e de um serão no sofá a ler um livro tranquilamente.
Mas enquanto há vera procissão andar em marcha, nós cá nos vamos aguentado 😊
Não sei quanto a vocês, mas eu adoro férias, adoro fazer NADA, adoro dormir a qualquer hora do dia, passar dias na praia, ir viajar.
Adoro um verdadeiro Dolce Far Niente.
Mas onde está então o drama desta vez? (Perguntam vocês, com toda a razão!)
Tá no meu namorado como sempre!!!!
Brincadeirinhaaa..
Também esta nele, mas principalmente em mim. O problema começa quando a folha para marcação anual de férias me aparece a frente!
E eu sei la quando me vai apetecer ir de férias?! ou sequer quando me vai dar jeito ir de férias?! Ou sei lá quando é que me vai aparecer uma promoção apetecível para ir viajar mundo fora!!! São demasiadas dúvidas para este pequeno ser humano de metro e meio!!!
Sem qualquer exagero, após férias marcadas e aprovadas pela chefia, faço cerca de 54631 alterações nas minhas! Porquê?! Porque nunca sei o que quero nem quando quero.
Depois tenho o meu Farelito de Trigo, que nunca tem vagares para nada, nunca quer tirar ferias, ou ir de férias, detesta praia, não consegue sequer pronunciar a palavra “Férias”………… E a vida complica-se ainda mais!
É que no fim das contas, depois destes problemas todos, já nem a mim me apetece tirar férias! (MENTIRAAAAA)
E o que é que esta alminha andou a conspirar nos últimos meses, perguntam vocês?
NADA, rigorosamente NADA, andei apenas a manter-me à tona da água, a sobreviver.
Mas eis que um dia (e bem, graças a Deus), acordei pra vida e arregacei mangas! Pois que isto de ser lontra gorda está um pouco démodé!
E que fizeste tu?! (Perguntam vocês em coro)
Ora, nada mais do que começar a levantar-me as 6:00 da manhã, para estar no ginásio as 6:30 a puxar ferro!!! Pois bem, haja coragem, mas a verdade é que já lá vai um mês, e continuo fiel à minha rotina, como se, de uma promessa à nossa senhora de Fátima se tratasse.
Se gostava de dormir? Ainda gosto, adoro. No fim de semana, mais coisa menos coisa, vou dormitando por onde poiso este belo bufunfo (sim, porque já esta com uns contornos simpáticos e menos flácido suas invejosas!!!).
Namorar é que está mais grave, como já referi algures anteriormente, o meu Farelinho de Trigo tem uns horários meio do belzebu, e andamos um pouco desencontrados.
Mas já dizia o outro, assim pelo menos não há vagares para discussões sem sentido.
Ah vocês sabem lá o que me tem feito bem aos nervos o treino, já não pareço um esquilo com o ataque epilético (Mentira! Continuo insuportável).
Mas ando tão cansada, que verdade seja dita, opto por racionar o gasto de energia denecessária .
No entanto, viciei numa serie chamada Valeria! Não viciei muito, porque antes de ser já era, como se diz na minha terra.
Ora bem, a série é curtinha. 2 temporadas, 8 episódios cada uma.
E, identifico-me! Porque ela tem um grupo de amigas tresloucadas, mas bem-dispostas, e amigas à seria. Gostam de beber uns copos todas juntas, falam de trivialidades, medos, todas num modo geral, atravessam crises, pessoais, profissionais ou ambas.
A série está mesmo muito engraçada, leve e transmite de uma forma natural muitas realidades que vivemos, e que as vezes nem conseguimos verbalizar, porque se calhar nem temos com quem o fazer.
E adivinhem? A Valeria, protagonista, escreve uma espécie de diário sobre o que se passa na vida dela, sobre ela, e também em seu redor!
Digo espécie de diário, uma vez que se traduz num livro que ela publica para o mundo.
A verdade é que esta história de escrever em tom de desabafo, ajuda a tomar decisões, e a discernir melhor os cenários que a vida nos apresenta.
Vejo as coisas com mais clareza talvez, e no fim da linha consigo reagir às situações sem parecer uma psicopata que fugiu do internato! O que, sejamos honestos, torna qualquer conversa, até a mais tensa, menos desagradável.
E como dizem as amigas da Valeria:
“Se não tens nada para fazer nem sabes o que fazer, escreve!”