Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

#assimpordefeito

A historia (contínua), de uma vida .. Sem filtros. Quase como que um diário, onde surgem partilhas sinceras e honestas de um dia a dia, de problemas, angustias, medos. Porque somos como somos, por defeito!

#assimpordefeito

A historia (contínua), de uma vida .. Sem filtros. Quase como que um diário, onde surgem partilhas sinceras e honestas de um dia a dia, de problemas, angustias, medos. Porque somos como somos, por defeito!

Qui | 23.11.23

Dúvidas existenciais...

Hoje venho refletir sobre um assunto que ultimamente me tira um pouco a paz, talvez porque a idade avança, e as inquietações da decisão me atormentem e pressionem cada vez mais…

Já tive relações longas e estáveis, já fui casada, vivi em união de facto… MAS, nunca senti a estabilidade emocional, financeira e espiritual, para dar o passo de ter filhos…. Sempre vi isso como um futuro distante, ou até houve alturas em que achei que não o queria para a minha vida….

Hoje, olho para mim com 35 anos, e vejo que começo a vislumbrar o fim do prazo de validade imposto pelo meu corpo…

Pior que isso, tenho um medo tremendo de envelhecer sozinha, de no fim da linha, não ter lá ninguém para mim…. Verdade seja dita, que também há muito filho a não querer saber dos progenitores… Mas quero acreditar que são a minoria…

E na velhice, julgo eu, sabe bem algum conforto, amor, carinho e um pouco de companhia…. Ter quem cuide, acho…

Então, dou por mim a pensar que por vezes quero ter filhos, por outras nem tanto…

Sei lá, tem dias que quero muito, mas depois, se não corre bem?... Se afinal não é bem aquilo que quero?... Se não souber tomar conta da criança??... Se não tiver paciência para choros e birra?... Não dá para devolver…. É um compromisso assumido para a vida…

Porque atualmente, nas crianças que me rodeiam, que até são algumas e próximas, eu não transbordo de paciência…. Gosto muito de crianças, mas por uns momentos… To ali, brinco, dou atenção… Mas depois sabe bem entregar aos respetivos pais… Coisa que com um filho nosso, não acontece, nos somos os pais…. É a nos que entregam quando começa a ser chatinha ou chatinho…

E sim, podem dizer, ‘’Ah, mas quando é nosso é diferente, temos mais paciência’’… E se não ocorrer?... Se essa mutação no meu chip de ser humano não se der?!... Não posso simplesmente voltar atrás no tempo, e decidir que afinal não era nada aquilo que queria…

Sempre ouvi dizer, que nasce um bebé, nasce uma mãe… Mas teorias eu sei muitas… Na prática nem sempre se aplicam… E depois temos sempre as exceções à regra…

Depois há outro problema… O meu Ex-Futuro-Atual…. Tem mais 24 anos do que eu, já tem dois filhos… E embora diga que quer ter filhos quando aperto com ele, na realidade eu sei que não quer, porque não é assunto, nunca… Nunca há aquela frase marota ‘’quando tivermos um filho’’… ‘’Se fosse nosso filho’’… “se tivermos um filho” …. E a ausência de palavras, as vezes são fatos muito sólidos, para bom entendedor…. Alias, ele diz que quer, quando eu puxo o assunto, e aperto com ele, ele diz que sim que quer o mesmo que eu… Mas não é já…. Está-se mesmo a ver que está a empurrar com a barriga, para nunca ser….

A verdade, é que isto é um assunto que me vem trazendo uma grande angústia…. Será que nunca vou saber o que é o amor da maternidade que tanto falam…

Será que simplesmente não nasci para isso, e é melhor deixar tudo estar como está?!...

Enfim… Desculpem lá este desabafo mais sério e chato… Mas precisava escrever sobre ele… Porque escrever ajuda-me a refletir …..

 

O que significa "throw a tantrum"? - inFlux

 

#seguimosfortes

#diariodeumapessoaansiosa

9 comentários

Comentar post